03 abril, 2010

Happy Feet: Mais que uma Animação


O "menino" nasceu de um pai "homem" e de uma mãe "mulher", o que é o padrão de normalidade de sociedade, o pai e a mãe eram cantores desde sempre, bem como toda a sociedade em que estavam inseridos, era a normalidade do ser, todos estavam acostumados a cantar, soltavam seus gogós o dia todo, diziam: Vou ao banheirooo, em sol maior, cantar estava entranhado neles, era, do verbo: Não tem como ser diferente, hehe, é assim e ponto, todas as crianças nasciam dotadas de belas vozes, sopranos, contraltos, baixos e tenores, afinadinhos e prontos para o palco, qualquer criança que alí nascesse nunca pensaria em ser médico ou manicure, apenas cantor, mas, algo inesperado aconteceu, o "menino" nasceu sapateador, já nasceu com os pés frenéticos, ou como ele mesmo disse, com os pés felizes... o pai, porém, se assustou, aquilo não era normal, ele se envergonhou e disse: filho pare com isso, pinguins não fazem isso... e o "garoto" foi pra escola, todo mundo cantando e ele "o" diferente, não saia nem uma notinha afinada, estranho né? Sim, porque, ele estava inserido numa sociedade politicamente correta, pai, mãe, e todo o resto era "normal", todos, apenas cantavam, como ele poderia ser diferente se tudo que ele estava acostumado a ver e ouvir era um PADRÃO a ser seguido, ele tinha o amor do pai, da mãe e até de uma "garotinha" que cantava como um rouxinól, mas ele não conseguia ser do jeito deles, ele só sabia sapatear... levaram o pobre pra aula de canto, foi um fiasco... e ele cresceu assim, diferente, isolado, rejeitado, até ser banido pelos seus "iguais"... tentou voltar, banido outra vez... havia uma "voz que clamava na multidão", uma voz que incitava o povo a não aceitá-lo, ele traria maldição a todos que alí estavam, apesar de gostarem dele como ele era, seus amigos tinham que ouvir o "sábio", porque ele tinha experiência de vida, uma experiência impregnada de valores morais que não levava em consideração o amor, apesar dele também ter pai e mãe, nem respeito, apesar de exigí-lo pra si, nem da moralidade dotada de compaixão, porque com sua postura ética/moral, sacrificou um "menino", em favor de seu grupo, por não saber aceitar o diferente... o diferente, o deficiente, o negro, o homossexual, o metaleiro, o motoqueiro, o emo, o torcedor do flamengo, ou do vasco, ou do fluminense, o ex presidiário, o filho de pai e mãe diferente, o filho de pai e pai, de mãe e mãe, o que não se enquadra nos seus padrões, o que não é igual a você, o marcado, o estigmatizado, o diferente, diferente??? Diferente de que??? De quem??? diferente...


Bem, acho que você compreendeu, se não, assista o filme, vale muito a pena, posso dizer-lhe que como toda boa história hollyoodiana tem um final feliz, DIFERENTE do que normalmente acontece na vida real... mas, cinema é cinema...


Bju povo!!!

01 abril, 2010

Sobre o Big Brother Brasil e afins...


Eu conheço bastante gente, gente que gosta de futebol, gente que gosta de alpinismo, gente que gosta de pescar, gente que gosta de teatro e gente que gosta de cinema, gente que gosta de equipar carros, gente que gosta de nadar, gente que nem nadar sabe, conheço gente que adora rosa e outros que detestam, gente retrô e gente que adora a modernidade, gente que adora internet e se divide entre orkut, facebook, badoo, twitter, flog, blog, e-mail, salas de bate-papo e passam o dia atualizando as páginas pra ver se algo novo acontece, mas também conheço gente que nem de olhar pra cara do computador gosta, tem gente que gosta de ler e tem gente que gosta de ver TV, tem gente que gosta de rir e tem gente que adora um drama...

Pois é, tem gente pra todo tipo de gente, o que a gente nem sempre entende é que são essas diferenças que nos tornam interessantes pro outro, ou não, pode tornar desinteressante também, é claro, admitamos, quase todos que enchem a boca pra dizer: Detesto o BBB, não existe nada mais inútil que isso... de uma maneira ou de outra adoram xeretar a vida alheia, vide os muitos perfis no orkut, perfis que dão o direito de visitar outras páginas sem se quer serem notados... sem contar aqueles que "não gostam", mas sempre dão uma espiadinha, olham e vez ou outra se vêem em alguma situação ou se identificam com algum "personagem" do jogo, quantos não se identificaram com o Dourado, e tantos outros com o Dicésar e você, claro, como não podia deixar de ser pode ser aquele que diga, não, eu não gosto, eu não vejo, eu não... muito bem, eu vou "acreditar" em você, mas pense que na vida nem tudo é vermelho, nem tudo é cor de rosa, também existe o dourado, o prateado e tantas outras cores e muitas outras possibilidades, e muitos outros gostos... a sua verdade é só sua, mas existe um sem número de verdades por aí que você pode querer experimentar, ou não, mas que não vão deixar de existir só porque você não gosta...


Pense nisso! ;-)